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O Essencial sobre Mário Sá-Carneiro (Nº 8)
«Lido hoje como um dos três nomes maiores do Modernismo literário português, Mário de Sá- Carneiro deixava num verso de 1915 um desafio: Daqui a vinte anos a minha literatura talvez se entenda. Fadado pelos deuses a uma vida breve, lançava ao futuro a sua mais funda ilusão, justamente num poema em que parecia abrir mão de todas elas (Deixa-te de ilusões, Mário). Nas suas múltiplas dobras, Caranguejola refletia a imagem especular dum eu vencido e desistente, mas também a imagem espectral duma literatura que diante dele se autonomizava para lhe sobreviver.
Autor duma fulgurante obra poética e ficcional, Sá-Carneiro afirmava naquele verso, mais do que nunca, a sua crença na aura da arte e a consciência duma singularidade criadora que o tempo viria a reconhecer.»
Observações: 2ª edição revista e aumentada.